Sem dúvida, quem já ouviu falar da Região dos Lagos, já ouviu falar da Casa Flor em São Pedro da Aldeia. Um lugar muito especial na cidade onde moro. A Casa da Flor fica na Estrada dos Passageiros, nº 232, Município de São Pedro da Aldeia/RJ.
Demorei um pouquinho para conhecê-la, mas quando entrei na casa construída por Gabriel Joaquim dos Santos, senti uma energia muito forte. Um lugar histórico com uma energia impressionante. Tudo foi feito com muito carinho e quando entramos na casa dá para sentir o amor que Gabriel depositou em cada caco usado para contruir a casa.
Casa da Flor
A Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia, foi construída por Gabriel Joaquim dos Santos durante décadas, usando cacos e tombada como patrimônio cultural fluminense pelo Inepac. Gabriel recolhia o que encontrava pela frente para adornar a casa – cacos de cerâmica, de louça, de vidro, de ladrilhos, lâmpada queimada, bibelôs, conchas, correntes, tampos de metal. O que já aparentava não ter mais função foi transformado pelas mãos do artista em esculturas, réplicas e mosaicos, e incorporado à casa, considerada uma espécie de “barroco intuitivo”.
Uma casa feita de caco e transformada em flor”. Era assim que Gabriel Joaquim dos Santos se referia à residência que passou décadas esculpindo.
Gabriel Joaquim dos Santos
Nascido em 1892, filho de um escravo com uma índia, Gabriel trabalhava na roça e alfabetizou-se com 36 anos. Levado por seus sonhos, fantasia e imaginação, começou a “bricolage” de sua casa em 1923. A obra durou até o artista falecer, em 1985. Um ano depois, a residência foi tombada como patrimônio cultural fluminense pelo Inepac, considerada expressão ímpar da arquitetura espontânea popular.
Comparada aos muros do Park Güell, de Antonio Gaudi
A casa tem uma característica única e Gabriel dizia sonhar “eu sonho para fazer e faço”. A obra tem efeitos visuais tão lindos e inesperados quanto os muros do Park Güell, de Antonio Gaudi em Barcelona. Trata-se, sem dúvida, de um traço vital da vertente popular e traumatizada de nossa arte. Com seu sonho realizado, seu Gabriel viveu ali sob luz de lamparina, até 1986, quando faleceu aos 93 anos. Em 2001 a Casa da Flor foi restaurada.
Gastromia
São Pedro da Aldeia tem muitos restaurantes e locais para fazer suas refeições, mas a Casa da Flor fica num local mais afastado do Centro. Próximo ao local tem uns bares e lanchonetes.
Observação
Atualmente é um familiar do Gabriel que toma conta da casa e é cobrado uma valor bem "baratinho" para visitar o interior do imóvel (última vez que eu fui era 2,00 por pessoal), praticamente de "graça", diante da importância Histórica da construção.
Foto Renato Fulgoni
Com informações do INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural / ipatrimônio
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Fotos: Renato Fulgoni |
Demorei um pouquinho para conhecê-la, mas quando entrei na casa construída por Gabriel Joaquim dos Santos, senti uma energia muito forte. Um lugar histórico com uma energia impressionante. Tudo foi feito com muito carinho e quando entramos na casa dá para sentir o amor que Gabriel depositou em cada caco usado para contruir a casa.
Casa da Flor
A Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia, foi construída por Gabriel Joaquim dos Santos durante décadas, usando cacos e tombada como patrimônio cultural fluminense pelo Inepac. Gabriel recolhia o que encontrava pela frente para adornar a casa – cacos de cerâmica, de louça, de vidro, de ladrilhos, lâmpada queimada, bibelôs, conchas, correntes, tampos de metal. O que já aparentava não ter mais função foi transformado pelas mãos do artista em esculturas, réplicas e mosaicos, e incorporado à casa, considerada uma espécie de “barroco intuitivo”.
Uma casa feita de caco e transformada em flor”. Era assim que Gabriel Joaquim dos Santos se referia à residência que passou décadas esculpindo.
Gabriel Joaquim dos Santos
Nascido em 1892, filho de um escravo com uma índia, Gabriel trabalhava na roça e alfabetizou-se com 36 anos. Levado por seus sonhos, fantasia e imaginação, começou a “bricolage” de sua casa em 1923. A obra durou até o artista falecer, em 1985. Um ano depois, a residência foi tombada como patrimônio cultural fluminense pelo Inepac, considerada expressão ímpar da arquitetura espontânea popular.
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Comparada aos muros do Park Güell, de Antonio Gaudi
A casa tem uma característica única e Gabriel dizia sonhar “eu sonho para fazer e faço”. A obra tem efeitos visuais tão lindos e inesperados quanto os muros do Park Güell, de Antonio Gaudi em Barcelona. Trata-se, sem dúvida, de um traço vital da vertente popular e traumatizada de nossa arte. Com seu sonho realizado, seu Gabriel viveu ali sob luz de lamparina, até 1986, quando faleceu aos 93 anos. Em 2001 a Casa da Flor foi restaurada.
Gastromia
São Pedro da Aldeia tem muitos restaurantes e locais para fazer suas refeições, mas a Casa da Flor fica num local mais afastado do Centro. Próximo ao local tem uns bares e lanchonetes.
Observação
Atualmente é um familiar do Gabriel que toma conta da casa e é cobrado uma valor bem "baratinho" para visitar o interior do imóvel (última vez que eu fui era 2,00 por pessoal), praticamente de "graça", diante da importância Histórica da construção.
Foto Renato Fulgoni
Com informações do INEPAC – Instituto Estadual do Patrimônio Cultural / ipatrimônio